Corajosos Viajantes...

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Bienvenue! Bienvenidos! Manava! Welcome! Fáilte! Herzlich Willkommen! Benvenuto! Hau Koda! Tapeguahê Porãite! kalos ilthate! Welkom! ahlan wa sahlan! Bonvenon! Eguahé Porá! Yôkoso! Bari Galoust! Aap Ka Swaagat Hein! Gratus Mihi Venis!

Desejo que...

Bendito seja o anseio que te trouxe aqui e que aviva a tua alma com assombro. Que tenhas a coragem de acolher o teu anseio eterno.

Que aprecies a companhia crítica e criativa da pergunta "Quem sou eu?" e que ela ilumine o teu anseio.

Que uma secreta Providência Divina guie o teu pensamento e proteja o teu sentimento.

Que a tua mente habite a tua vida com a mesma certeza com que teu corpo se integra ao mundo.

Que a sensação de algo ausente amplie a tua vida.

Que a tua alma seja livre como as sempre renovadas ondas do mar.

Que vivas perto do assombro.

Que te integres ao amor com o arrebatamento da Dança.

Que saibas que estás sempre incluído no benévolo círculo de Deus.

(oração celta)

E que o DIVINO te guarde na palma de suas mãos, até nosso próximo encontro...

Namastê!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tuaregs - Os Homens Azuis

imagem:Internet
- Não conheço minha idade: nasci no deserto do Saara, sem endereço nem documentos…! Nasci num acampamento nômade tuareg entre Timbuctú e Gao, ao norte do Mali. Fui pastor dos camelos, cabras, cordeiros e vacas que pertenciam a meu pai. Hoje, estudo Administração na Universidade de Montpellier, no sul da França. Estou solteiro. Defendo os pastores tuaregs. Sou muçulmano, mas sem fanatismo.


- Que turbante bonito!
- É apenas um tecido fino de algodão: permite cobrir o rosto no deserto quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, você pode continuar vendo e respirando através dele.
- Sua cor azul é belíssima…
- Ela é a razão pela qual chamam a nós, tuaregs, de homens-azuis: o tecido aos poucos desbota e tinge nossa pele com tons azulados.
- Como vocês produzem esse intenso azul anil?
- Com uma planta chamada índigo, misturada a outros pigmentos naturais. O azul, para os tuaregs, é a cor do mundo.

- Por que?
- É a cor dominante: a do céu, a do teto da nossa casa.
 - Quem são os tuaregs?
- Tuareg significa “abandonado”, porque somos um velho povo nômade do deserto, um povo orgulhoso: “Senhores do Deserto”, nos chamam. Nossa etnia é a amazigh (berbere), e nosso alfabeto, o tifinagh.
- Quantos vocês são?
- Cerca de três milhões, a maioria ainda nômades. Mas a população diminui… “É preciso que um povo desapareça para que percebamos que ele existia!” denunciou certa vez um sábio: eu luto para preservar o meu povo.
- A que ele se dedica?
- Ao pastoreio de rebanhos de camelos, cabras, cordeiros, vacas e asnos, num reino feito de infinito e de silêncio.
- O deserto é mesmo tão silencioso?
- Quando se está sozinho naquele silêncio, ouve-se as batidas do próprio coração. Não existe melhor lugar para quem deseja encontrar a si mesmo.
- Que recordações da sua infância no deserto você conserva com maior nitidez?
- Acordo com o sol. Perto de mim estão as cabras de meu pai. Elas nos dão leite e carne, nós as conduzimos onde existe água e grama… Assim fez meu bisavô, meu avô e meu pai… E eu. No mundo não havia nada além disso, e eu era muito feliz assim!
- Bem, isso não parece muito estimulante…
- Mas é, e muito. Aos sete anos de idade, já permitem que você se afaste do acampamento e descubra o mundo sozinho, e para isso lhe ensinam coisas importantes: a cheirar o ar, a escutar e ouvir, a aguçar a visão, a se orientar pelo sol e as estrelas… E a se deixar conduzir pelo camelo; se você se perde, ele lhe conduzirá onde existe água.
- Esse é um conhecimento muito valioso, não há dúvida…
- Lá tudo é simples e profundo. Existem poucas coisas no deserto, e cada uma delas possui grande valor.
- Assim sendo, este mundo e aquele são bem diferentes, não é mesmo?
- Lá, cada pequena coisa proporciona felicidade. Cada roçar é valioso. Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos, de estarmos juntos! Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.
- O que mais o chocou ao chegar pela primeira vez na Europa?
- Ver a gente correr nos aeroportos. No deserto, só corremos quando uma tempestade de areia se aproxima. Fiquei assustado, é claro…
- Corriam para buscar suas bagagens…
- Sim, devia ser isso. Também vi cartazes mostrando moças nuas: por que essa falta de respeito para com a mulher?, Perguntei-me… Depois, no Hotel Íbis, vi uma torneira pela primeira vez em minha vida: vi a água correr… e tive vontade de chorar.
- Que abundancia, que desperdício, não é mesmo?
- Até então, todos os dias da minha vida tinham sido dedicados à procura d’água. Até hoje, quando vejo as fontes e chafarizes decorativos que existem aqui, sinto uma dor imensa dentro de mim.
- E por que?
- No começo dos anos 90 houve uma grande seca, os animais morreram, nós adoecemos… Eu tinha uns doze anos, e minha mãe morreu… Ela era tudo para mim. Contava-me histórias e ensinou-me a contá-las bem. Ensinou-me a ser eu mesmo.
- Que aconteceu com sua família?
- Convenci meu pai a deixar-me frequentar a escola. Todos os dias eu caminhava quinze quilômetros para chegar até ela. Até que um professor arrumou uma cama para eu dormir, e uma senhora me dava comida quando eu passava em frente à sua casa. Entendi: era minha mãe que me ajudava… 
- De onde veio essa paixão pelos estudos?

- Dois anos antes, o rally Paris-Dakar passou pelo nosso acampamento, e caiu um livro da mochila de uma jornalista. Eu o apanhei e devolvi a ela. Mas ela me deu o livro de presente e disse que ele se chamava “O Pequeno Príncipe”. Naquele instante prometi a mim mesmo que um dia seria capaz de lê-lo…
- E você conseguiu…
- Sim. Foi assim que consegui uma bolsa para estudar na França…
- Um tuareg na universidade!
- Do que mais tenho saudade é do leite de camela. E do fogo de madeira. E de caminhar descalço sobre a areia tépida. E das estrelas: lá, nós as admiramos todas as noites, e cada estrela é diversa da outra, como cada cabra é diversa da outra. Aqui, à noite, vocês ficam vendo televisão.
- Sim. Na sua opinião, qual é a pior coisa que existe aqui?
- A insatisfação. Vocês têm tudo, mas nada lhes é suficiente. Vivem se queixando. Na França, passam a vida queixando-se. Vocês se acorrentam

por toda a vida a um banco por causa de um empréstimo, e existe essa ânsia de possuir, essa correria, essa pressa. No deserto não existem engarrafamentos, sabe por que? Porque lá ninguém quer passar à frente de ninguém!
- Relate um momento de felicidade intensa que você viveu no seu distante deserto.
- Esse momento ali se repete a cada dia, duas horas antes do pôr-do-sol: o calor diminui, o frio da noite ainda não chegou, homens e animais retornam lentamente ao acampamento e seus perfis aparecem como recortes contra o céu que se tinge de rosa, azul, vermelho, amarelo, verde…
- É fascinante. E então…
Moussa Ag Assarid- Esse é um momento mágico… Entramos todos na tenda e fervemos a água para o chá. Sentados, em silêncio, escutamos o barulho da água que ferve… A calma toma conta de nós… As batidas do coração entram no mesmo compasso dos gluglus da fervura…
- Que paz…
- Aqui vocês têm o relógio; lá, temos o tempo.
   
O tuareg Moussa Ag Assarid, na capa do livro 
que acaba de publicar, na França:
"Não existe engarrafamento no deserto!"



Fonte: http://www.luispellegrini.com.br
"Traduzi para vocês esta entrevista realizada pelo jornalista catalão Victor M. Amela com o tuareg Moussa Ag Assarid. A leitura vale a pena."  ( luispellegrini ) 

2 comentários:

Laély disse...

Stella, obrigada pela visita e comentário carinhoso.
Aconchego é o que precisamos sentir numa casa, para ter aonde voltar, como esse tuareg: nascido e criado no deserto, para lá retornou, apesar da educação na França. Encontrou o seu lar no deserto. Por que não, então, numa casa virtual, como um blog?!...
Então, entre e fique à vontade.
Abraço!

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Confesso que o tempo não conspirou para que lesse seus posts,mas o que vi neste cantinho me encantou realmente.Voltarei logo mais para admirá-lo com mais cuidado.Estou nos seguidores...Uma beleza!!!

Um beijo!

Sonia Regina.

PEDOFILIA: NÃO!

Pelo telefone disque 100 - DENUNCIE! "Pais e filhos, inconscientes dos perigos da rede são presas fáceis de pedófilos. Uma criança ingenuamente não identifica um adulto se passando por um amiguinho da mesma idade. Uma dica é: Retirar o computador do quarto da criança, colocar em local onde possa estar vigiando sempre. Olhe sempre o histórico de navegação antes de fechar o computador para saber os passos que seu filho deu dentro da web. Computador no quarto também é veículo para o tráfico da pornografia infantil." PENSE NISSO!!!

Palavras ao vento

Dulcinéia


Quem tu és não importa, nem conheces,

O sonho em que nasceu a tua face: Cristal vazio e mudo.

Do sangue de Quixote te alimentas,

Da alma que nele morre é que recebes,

A força de seres tudo.

(Jose Saramago)


SILÊNCIO: NÃO! DENUNCIE! - 180

A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço que foi implantado em 2005 pela SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres). Trata-se de uma central de atendimento telefônico que funciona ininterruptamente, inclusive finais de semana e feriados. A ligação é gratuita e pode ser feita a partir de qualquer local do país.

AMIZADE

QUE HAJA PAZ NA TERRA! QUE A PAZ COMECE EM MIM! "Para deixar um planeta melhor para nossos filhos, basta deixar filhos melhores para nosso planeta". NAMASTÊ!

Anjos Procurados

"Nós somos, cada um de nós, anjos com apenas uma asa e somente poderemos voar abraçando uns aos outros". Luciano de Crescenzo

"Não é o quanto fazemos,

Mas quanto amor colocamos no que fazemos.

Não é o quanto damos,

Mas quanto amor colocamos no doar".

Madre Teresa

TODA FORMA DE AMAR!

Eu Respeito. E você?

Ajude a cuidar de nossa casa!

Créditos e Autoria

Os textos aqui postados são pesquisados em livros e na internet. Alguns desconheço sua autoria, muito embora, busco incessantemente descobrir. Nossa intenção em postá-los nesse espaço é compartilhar e espalhar conhecimento. Acreditamos que essa é a vontade de nossos ancestrais. Afinal, de que adiante um livro guardado em nossa estante? É envolta nessa aura de desejo em repassar, distribuir, informar, que ousamos acarinhar os corações que aqui chegarem. Deixamos nossa eterna gratidão à todos os seres Maravilhosos, que nos legaram com tantas pérolas. E nesse legado, nos permitem espalhá-las como flores ao vento... Que todos sejam triplamente abençoados!!! Madre Del'Alma Namastê!